Conceito de frase, oração e período
Frase: é a palavra ou grupo de palavra que formam um enunciado de sentido completo. Caracterizando-se pela entoação que lhe assinala o começo e o fim.
Exemplos:
Casa libanesa.
Olá!
Até logo!
Psiu!
Silêncio!
Fogo!
Atenção!
Centro, à esquerda!
Casas Pernambucanas.
A frase pode ser curta ou longa; pode ou não conter verbo. Uma única palavra pode ser frase, dependendo de como aparecer no contexto.
A frase não precisa, necessariamente, de verbo para comunicar algo. Há frases sem verbo que se prestam perfeitamente à comunicação de mensagens. São as frases nominais:
Exemplos:
Estação Liberdade.
Comida caseira.
Proibida a entrada.
Saída pela lateral.
Oração: é a unidade sintática formada em torno de um verbo. Há sempre na oração dois termos que têm entre si uma relação essencial: sujeito e predicado. Considerando-se a existência de orações sem sujeito, o predicado pode vir sozinho.
Exemplos:
Eu observei os desenhos geométricos, os losangos, as flores coloridas. (sujeito simples)
Mandaram chamar o médico. (Sujeito indeterminado)
Venta a noite inteira no Caribe. (Oração sem sujeito)
Período: é a frase sintaticamente estruturada em torno de um ou vários verbos. Pode classificar-se em:
período simples (ou oração absoluta) – é constituído por uma oração, ou seja, há apenas um verbo.
Ex: Machado de Assis foi um ilustre brasileiro.
Tinha a mente invadida por pensamentos sábios.
Ou período composto – é constituído por mais de uma oração, ou seja, há mais de um verbo.
Ex: “Sonhei que estava sonhando e que no meu sonho havia um outro sonho esculpido.”
(Carlos Drummond de Andrade)
“As glórias que vêm tarde já vêm frias.”
(Tomás Antônio Gonzaga)
Tipos de sujeito
É o ser de quem se diz alguma coisa ou o termo que concorda com o verbo, caracterizando-se como o termo que rege ou comanda o verbo.
Exemplo: O carro é confortável.
Neste caso, carro é o sujeito da oração e não pratica nenhuma ação, ele simplesmente “é”.
O sujeito pode ser:
Sujeito simples = quando houver um só núcleo nesta função (um nome ou pronome substantivo, numeral, palavra substantivada).
Exemplos:
O ônibus fumacento chegou.
Ambos leem romances de amor.
Este é um angorá legítimo.
Sujeito composto = quando houver mais de um núcleo nesta função. (constituído de um substantivo, um pronome substantivo, um numeral).
Exemplos:
João Gostoso e outros carregadores de feira livre beberam.
O primeiro e o segundo venceram com folga.
Sujeito indeterminado = é o que afirma o predicado, mas não se acha na oração, nem explícito e nem implícito.
Por exemplo: Ontem trouxeram um lanche muito gostoso. Quem trouxeram? Não aparece na oração.
Para indeterminar o sujeito, existem dois recursos:
(1º) Empregar o verbo na terceira pessoa do plural, sem referência a qualquer sujeito mencionado anteriormente.
Ex: Assaltaram a casa! (Quem assaltou? “Assaltaram” indeterminou o sujeito)
(2º) Empregar o verbo na terceira pessoa do singular, acompanhado do pronome SE (exceto o verbo transitivo direto)
Observe-se que o pronome SE, neste caso, é índice de indeterminação do sujeito (IIS). E o verbo de tais orações, ou é transitivo indireto, intransitivo ou verbo de ligação.
Ex: Crê-se em seres extraterrestres. (O verbo crer é transitivo indireto, quem crê, crê em alguma coisa ou em alguém)
Necessita-se de pessoas para o cargo. (O verbo necessitar é transitivo indireto, quem necessita, necessita de alguma coisa)
ATENÇÃO! VOZ PASSIVA PRONOMINAL
a) Aluga-se chalé.
b) Compram-se carros usados.
c) Confeccionam-se roupas de festa.
Os exemplos parecem apresentar sujeito indeterminado. Na verdade, a frase está na voz passiva pronominal, com o verbo transitivo direto, e o sujeito está expresso (Chalé, carros usados e roupas de festa) e recebe ação verbal.
Para não ter dúvida, passe a frase para a voz ativa, se der certo, o sujeito é determinado simples.
Chalé é alugado. (sujeito simples)
Carros usados são comprados. (sujeito simples)
Roupas de festa são confeccionadas. (sujeito simples)
Sujeito inexistente = há orações que não possuem sujeito. O verbo de tais orações só admite a terceira pessoa do singular e são chamados, por alguns gramáticos, de verbos impessoais. Ocorrem nas seguintes circunstâncias:
Quando o verbo haver significa existir:
Na casa libanesa havia um tapete persa. (Na casa libanesa existia um tapete persa)
Há muita sujeira aqui. (Existe muita sujeira aqui)
Quando os verbos fazer e haver indicam tempo transcorrido.
Já faz cinco horas que ele saiu.
Não o vejo há meses.
Quando o verbo ser aparece em construções indicativas de tempo.
Será cedo?
São oito horas.
Quando os verbos indicam fenômeno da Natureza:
Amanhecer, chover, nevar, relampejar etc.
Quando o verbo estar for empregado para indicar temperatura ou clima.
Está tão quente hoje!
São orações sem sujeito as que denotam fenômeno da natureza (chove, trovejou ontem etc.) e as que têm os verbos haver, fazer e ser empregados impessoalmente em construções como as seguintes:
Há editores ilustres no Brasil.
Fazia muito frio naquela cidade.
“Fez ontem um dia dourado de lembranças...” (Tom Jobim)
“Pois era dezembro de um ano dourado...” (Tom Jobim)
Sujeito oculto = sujeito simples, porém não aparece na frase, pois está subentendido.
Ex: (Eu) Chamei toda a turma para a festa. Verificamos que há um sujeito na oração pela desinência verbal.
Observação: O sujeito simples e o sujeito composto são chamados de sujeito determinado.
TIPOS DE PREDICADO
Predicado é aquilo que se declara do sujeito, se a oração o possui. Há três tipos de predicados:
Verbal = quando o núcleo do predicado for um verbo transitivo ou intransitivo e, também, sem a presença de um predicativo qualquer.
Nominal = quando o núcleo do predicado é o nome, que vem ligado ao predicativo do sujeito por um verbo de ligação.
Verbo-nominal = quando possui dois núcleos: o verbo e o nome (sem verbo de ligação)
O QUE É PREDICATIVO?
Há dois tipos de predicativo:
Predicativo do sujeito = relaciona-se ao sujeito da oração:
Ex: O leão estava tranquilo (= característica do sujeito, portanto, predicativo do sujeito)
Predicativo do objeto = relaciona-se com o objeto direto ou objeto indireto da oração.
Ex: Os adultos julgaram as crianças irresponsáveis. (= característica do objeto direto “as crianças”)
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